Hoje acabei por odiar um amigo. Não é propriamente dos dias preferidos, mas é intolerável aceitar que alguém nos rebaixe a pontos extremos.
Creio que a questão a definir é longínqua ao traço do ódio. Até que ponto terá sido uma verdadeira amizade ou um cruzar de interesses e necessidades comuns?
Voltar ao passado é lixado. É perceber que repetimos erros e que revivemos situações e isso não é, de todo, o que mais desejamos para o futuro...
Juro que tentei contornar a situação com toda a sensibilidade e especificação exigida nos contextos do passado e das personalidades envolvidas, mas não adianta ser subtil com bruta-montes. Os ângulos de visão são tão distintos que, ambos, não se revêem no próprio conceito de "angulo de visão".
Como é que duas pessoas se podem dar tão mal e tão bem tão rapidamente e tão extremamente?
Deixei de me rever em ti a cada hora que passava de sábado. Não me revi quando me mandas-te para o caralho e me chamas-te idiota. Não me revi na chamada agressiva que me fizeste, não te revi quando sacaste do maço de cigarros, não te revi quando aceitaste o típico conceito de engate. Não te revi... Contínuo sem te rever.
Pior do que perder um amigo é perceber que ele já não existe, morreu!
Que morte estúpida...
Não acreditarei mais num regresso. Dom Sebastião também não regressou e ficou apenas este sebastianismo da espera eterna pelo então herói que haveria de, um dia, romper por entre o nevoeiro e devolver a glória portuguesa até então inexistente.
Não serei mais um a esperar pelo inexistente. Gostaria imenso de te reencontrar, mas creio que tal só possa acontecer nas recordações.
Queimei tudo o que restava.
Não me ficou nada.
Não ficou o cheiro, as letras e a saudade.
Ficou apenas a recordação por me ser impossível apagar, e se tal fosse possível preferia nem apagar, não por lamentar, mas para que quando encontrar mais "tu's" por aí, os conhecer bem e saber como tratá-los.
Até um dia!
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